Fiesta MK3 e MK5 |
Histórias, curiosidades e dicas de um piloto amador e amante de carros antigos que tenta colecionar modelos que sejam acessíveis ao bolso.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
terça-feira, 8 de novembro de 2016
Placas de metal
Segue a dica para quem gosta de decorar ambientes com placas de metal. Os quadros de F1 estão de muito bom gosto.
http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-811742023-placa-poster-de-metal-ayrton-senna-mclaren-lotus-original-_JM
http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-805338619-placa-poster-decorativo-metal-ayrton-senna-lotus-1986-f1-_JM
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Um pouco sobre games
Ano: 1989
Era o início da era dos computadores pessoais no Brasil. Um dia fui à casa de um amigo que tinha um XT com alguns jogos. Vi Karateka e Lemmings. Achei bacana. Só conhecia Atari. Jogamos. Quer dizer, ele jogou e eu fiquei olhando. De repente ele colocou um jogo de "carro". O nome era Test Drive. Fiquei vidrado. Nunca tinha visto nada tão perfeito. Só conhecia Enduro. Ele tinha estradas com pista dupla. Tinha que tomar cuidado para ultrapassar. Como na Rodovia Régis Bittencourt. Eu ia para o sítio com meu avô e me borrava inteiro na rodovia da morte. Tinha polícia. Ela perseguia você e se pegasse, lavrava uma multa. Era coisa de outro mundo.
Anos depois o mundo presenciou a chegada de Nintendo e Master System. Geração 8 bits. Sem grandes novidades para o mundo autogamebilístico.
Em 1994 meu irmão comprou um PC 486 e joguei por anos Indy 500, Street Rod, Stunts e World Circuit. Eram jogos excelentes.
Nessa mesma época chegaram os consoles de 16 bits. Do Mega Drive lembro-me a primeira vez que vi o Super Mônaco GP. Onde já se viu? Equipes de F1 (com nomes errados, mas a gente sabia quem eram muitas equipes e pilotos). Poder ser contratado ou demitido. Eu queria muito levar aquele jogo para o meu quarto e me trancar. No dia em que consegui ter um joguei sem parar por meses. Do Super Nintendo o impacto foi com Top Gear inaugurando a era dos abastecimentos e de poupar combustível.
tinha uma locadora de jogos perto de casa. Lá, toda terça-feira, era dia de aparecerem alguns jogos novos. Putz, teve um dia que ladrões limparam a locadora. Muitos jogos se foram. Foi triste. Numa terça-feira entrei para ver os lançamentos e eis que vejo o Test Drive 2. O jogo que me inicializou no mundo dos games. Lançado para ambas as plataformas, Super Nintendo e Mega Drive. Eu tinha o Mega Drive. Aluguei sem pensar. Voltei de bicicleta a toda velocidade para a casa. O jogo já não era mais tudo aquilo, mas divertia. O lance de ter pista simples de duas mãos não era comum nos jogos. Mas aquele impacto que senti ao ver Test Drive a primeira vez e só conhecendo Enduro, ah esse eu nunca mais senti.
Um dia falarei do jogo que mais joguei na vida: World Circuit Grand Prix 2. O GP2
Era o início da era dos computadores pessoais no Brasil. Um dia fui à casa de um amigo que tinha um XT com alguns jogos. Vi Karateka e Lemmings. Achei bacana. Só conhecia Atari. Jogamos. Quer dizer, ele jogou e eu fiquei olhando. De repente ele colocou um jogo de "carro". O nome era Test Drive. Fiquei vidrado. Nunca tinha visto nada tão perfeito. Só conhecia Enduro. Ele tinha estradas com pista dupla. Tinha que tomar cuidado para ultrapassar. Como na Rodovia Régis Bittencourt. Eu ia para o sítio com meu avô e me borrava inteiro na rodovia da morte. Tinha polícia. Ela perseguia você e se pegasse, lavrava uma multa. Era coisa de outro mundo.
Pista dupla com perigos da vida real |
Enduro ficou chato |
A "coisa" mais perfeita que já vi. (1989) |
Anos depois o mundo presenciou a chegada de Nintendo e Master System. Geração 8 bits. Sem grandes novidades para o mundo autogamebilístico.
8 bits não empolgou os autoentusiastas |
Em 1994 meu irmão comprou um PC 486 e joguei por anos Indy 500, Street Rod, Stunts e World Circuit. Eram jogos excelentes.
Nessa mesma época chegaram os consoles de 16 bits. Do Mega Drive lembro-me a primeira vez que vi o Super Mônaco GP. Onde já se viu? Equipes de F1 (com nomes errados, mas a gente sabia quem eram muitas equipes e pilotos). Poder ser contratado ou demitido. Eu queria muito levar aquele jogo para o meu quarto e me trancar. No dia em que consegui ter um joguei sem parar por meses. Do Super Nintendo o impacto foi com Top Gear inaugurando a era dos abastecimentos e de poupar combustível.
opções de escolha de caixa automática, 4 e 7 velocidades |
Bestowal do brasileiro Pìcos |
Top Gear: com a melhor estratégia você se dava bem |
tinha uma locadora de jogos perto de casa. Lá, toda terça-feira, era dia de aparecerem alguns jogos novos. Putz, teve um dia que ladrões limparam a locadora. Muitos jogos se foram. Foi triste. Numa terça-feira entrei para ver os lançamentos e eis que vejo o Test Drive 2. O jogo que me inicializou no mundo dos games. Lançado para ambas as plataformas, Super Nintendo e Mega Drive. Eu tinha o Mega Drive. Aluguei sem pensar. Voltei de bicicleta a toda velocidade para a casa. O jogo já não era mais tudo aquilo, mas divertia. O lance de ter pista simples de duas mãos não era comum nos jogos. Mas aquele impacto que senti ao ver Test Drive a primeira vez e só conhecendo Enduro, ah esse eu nunca mais senti.
Tinha Chuva |
o trânsito e a possibilidade de bater de frente era o que eu mais gostava |
959 |
disputa de racha até o próximo posto de combustível |
Um dia falarei do jogo que mais joguei na vida: World Circuit Grand Prix 2. O GP2
quinta-feira, 3 de novembro de 2016
terça-feira, 1 de novembro de 2016
Carros que gosto
sexta-feira, 30 de setembro de 2016
O dia em que fui "xingado" de pobre no trânsito
(Ontem) Eu não esperava por isso. Na verdade, não sei. Nunca pensei nisso.
Você pode esperar muitas coisas do seu dia quando acorda, mas não que irão abaixar o vidro do carro e vomitar "seu pobre". Eu não esperava.
Refletindo um pouco, talvez seja para não estar com esse tipo de gente que há muito tempo comecei a remar na contramão do fluxo. Acabei gostando de coisas e frequentando lugares que aqueles certos tipos de gente não gostam e não frequentam. Mas as ruas são democráticas. É um bem comum. Não há discriminação. Ali você estará com todos os tipos de pessoas. É aí que a coisa desanda.
Vamos aos fatos.
Antes, se você não dá pisca ao mudar de faixa, há grandes chances de eu não gostar de você. Continuando. Estava eu com o Ford Fiesta desfrutando da cidade com sua grande área envidraçada e sem película nos vidros quando um Ford New Fusion entrou abruptamente na faixa de rolamento em que eu estava, sem dar pisca, forçando-me a frear fortemente. Obviamente que buzinei. Com gosto. Só que o certo alguém, condutor do New Fusion, aparentemente não gostou, se insultou e emparelhou ao lado do meu carro, abaixando o vidro do lado do passageiro. Atônito, abaixei o meu e perguntei: qual o problema? A resposta, em tom de "carteirada" foi: Você é pobre!
Ele tomou o meu espaço e cometeu uma infração (art. 196 CTB). Ao ser questionado veio impor-se dando uma carteirada.
Esse é o retrato da sociedade brasileira, em preto e branco, porque a coisa vem de longe. São os bandeirantes diante dos indígenas, são os coronéis usurpando os escravos africanos, brancos preconceituando negros, ricos esmagando pobres. Como se o seu oposto não tivesse caráter, virtudes ou uma alma simplesmente por ser diferente. Como se o motorista de um carro fabricado há 21 anos valesse menos do que um de carro novo.
Aquele dia eu estava com duas opções para ir ao trabalho: Ford Fiesta e Honda CR-V. Preferi ir de Ford Fiesta. É um hobby, uma paixão. Amanhã pode ser que eu prefira ir de Fiat 147, Ford Corcel ou Kia Clarus. Desde que me tornei suficientemente homem não me prendo a rótulos impostos pela sociedade. Faço o que me dá prazer. Pensem o que quiserem de mim, só não me digam que sou desonesto, traíra ou vagabundo. Talvez eu sinta mais prazer dirigindo os meus carrinhos do que outros dirigindo carros 50 vezes mais caros, mas que não ligam para automóveis.
Quiça eu pudesse ter dinheiro suficiente para bancar um Audi Quattro, Fiat 128, Renault 5 ou Alfa Romeo GTV 2000. Minha linha é essa, gosto de carros antigos. Com mais dinheiro eu iria ter carros mais legais e.... antigos também. Não posso dizer que nenhum carro novo me atrai. Dos carros atuais, por exemplo, eu acho o Mini Cooper Cabrio deslumbrante.
.
Em meus gostos que destoam o senso comum figura o reggae music. Ir a um show é um programa que amo. Os shows custam em média R$ 30,00 e é diversão pura. Vou com minha esposa, assisto ao show e saio com o espírito renovado. As músicas trazem mensagens de amor e paz. São ambientes em que existem muito respeito ao próximo, poucos esbarrões e quase ninguém olhando para você. Cada um na sua. Lugar democrático, que certos alguéns não frequentam.
Você pode esperar muitas coisas do seu dia quando acorda, mas não que irão abaixar o vidro do carro e vomitar "seu pobre". Eu não esperava.
Refletindo um pouco, talvez seja para não estar com esse tipo de gente que há muito tempo comecei a remar na contramão do fluxo. Acabei gostando de coisas e frequentando lugares que aqueles certos tipos de gente não gostam e não frequentam. Mas as ruas são democráticas. É um bem comum. Não há discriminação. Ali você estará com todos os tipos de pessoas. É aí que a coisa desanda.
Vamos aos fatos.
Antes, se você não dá pisca ao mudar de faixa, há grandes chances de eu não gostar de você. Continuando. Estava eu com o Ford Fiesta desfrutando da cidade com sua grande área envidraçada e sem película nos vidros quando um Ford New Fusion entrou abruptamente na faixa de rolamento em que eu estava, sem dar pisca, forçando-me a frear fortemente. Obviamente que buzinei. Com gosto. Só que o certo alguém, condutor do New Fusion, aparentemente não gostou, se insultou e emparelhou ao lado do meu carro, abaixando o vidro do lado do passageiro. Atônito, abaixei o meu e perguntei: qual o problema? A resposta, em tom de "carteirada" foi: Você é pobre!
Ele tomou o meu espaço e cometeu uma infração (art. 196 CTB). Ao ser questionado veio impor-se dando uma carteirada.
Esse é o retrato da sociedade brasileira, em preto e branco, porque a coisa vem de longe. São os bandeirantes diante dos indígenas, são os coronéis usurpando os escravos africanos, brancos preconceituando negros, ricos esmagando pobres. Como se o seu oposto não tivesse caráter, virtudes ou uma alma simplesmente por ser diferente. Como se o motorista de um carro fabricado há 21 anos valesse menos do que um de carro novo.
Aquele dia eu estava com duas opções para ir ao trabalho: Ford Fiesta e Honda CR-V. Preferi ir de Ford Fiesta. É um hobby, uma paixão. Amanhã pode ser que eu prefira ir de Fiat 147, Ford Corcel ou Kia Clarus. Desde que me tornei suficientemente homem não me prendo a rótulos impostos pela sociedade. Faço o que me dá prazer. Pensem o que quiserem de mim, só não me digam que sou desonesto, traíra ou vagabundo. Talvez eu sinta mais prazer dirigindo os meus carrinhos do que outros dirigindo carros 50 vezes mais caros, mas que não ligam para automóveis.
Quiça eu pudesse ter dinheiro suficiente para bancar um Audi Quattro, Fiat 128, Renault 5 ou Alfa Romeo GTV 2000. Minha linha é essa, gosto de carros antigos. Com mais dinheiro eu iria ter carros mais legais e.... antigos também. Não posso dizer que nenhum carro novo me atrai. Dos carros atuais, por exemplo, eu acho o Mini Cooper Cabrio deslumbrante.
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Alfa Romeo GTV: obra de arte |
Renault 5: dirigir esse seria fazer sexo com os deuses |
terça-feira, 30 de agosto de 2016
Os barulhos da suspensão do Fiesta 95
(não é que deu certo?!?) Quando comprei o Fiesta 1995 espanhol logo vi que os componentes do sistema de suspensão estavam cansados.
O conjunto de componentes que formam o sistema da suspensão são: amortecedores, molas, chassi, caixa de direção, bandeja, pivô, rolamento de rodas, junta homocinética, barra estabilizadora, bieleta, buchas e coxins. Os que estão em negrito foram componentes que substituí do Fiesta 1995.
Contudo, os barulhos persistiam. Fui fazer o alinhamento já que o sistema inteiro foi mexido. Melhorou bastante, mas os barulhos.....O que faltaria trocar? De onde eram aqueles barulhos chatos? É duro gastar uma grana em peças, pegar o carro e ver que não ficou aquele 100% que você esperava. Fui aconselhado por um macaco velho da mecânica a fazer uma lavagem na parte de baixo do carro com vaselina líquida. A vaselina líquida não resseca os componentes de borracha (retentores, buchas e etc.). Encontrei um lava rápido que faz (http://www.lavarapidopremiere.com.br/). Custo: R$60,00. Como não tinha muito a perder fiz. Escorreu sujeira encrustada de 21 anos dali. E bingo!!!!! Sumiram os barulhos.
Fiesta 1995 recebendo a lavagem com vaselina líquida |
quinta-feira, 18 de agosto de 2016
Ford Fiesta na revisão geral
Ford Fiesta 1995 aguardando ansiosamente suas peças originais |
Hora de levar o Fiesta para a sua revisão geral.
No diagnóstico inicial o eixo da coluna de direção e o acoplamento da coluna de direção (cruzeta) foram os condenados e esse era o motivo da grande folga no volante. Juntamente com essas duas peças eu comprei para trocar os seguintes componentes:
2 amortecedores dianteiros original Ford
2 amortecedores traseiros original Ford (94FX18K076BA)
Jogo de cabo e velas NGK
bandeja dianteira lado direito Monroe
Disco de freios Varga
Pastilha de Freio Nakata
Bateria Moura 48ah
Aqui eu segui o meu critério de comprar tudo novo e original os componentes que julgo vitais para ter um carro confiável, independentemente do estado em que se encontram.
O problema do ar-condicionado foi melhor que o esperado: apenas o interruptor (botão).
Uma dica: o método que utilizo para comprar peças originais consiste em descobrir o código e pesquisar nesse site: http://www.pecas-on-line.com.br/
Esse site passa a relação de diversas lojas e concessionárias que tem a peça que você necessita. Encontrei amortecedor original por preço de recondicionado. Vale a pena verificar. Por meio desse site encontrei as seguintes lojas especializadas em FORD:
http://www.autopecasdragao.com.br/
http://www.fordetem.com.br/
http://www.memorialpecasford.com.br/
Fim da revisão, o carro ficou muito bom, totalmente diferente do que dirigi em Campinas, mas não perfeito. Para atingir o nível de carro zero exige-se tempo, serão pequenos ajustes aqui e ali que farão o Fiesta ficar no ponto certo. A conta ficou salgada, ao todo até agora cheguei no valor que paguei no carro: R$4.000.
-Vale a pena gastar isso?
-Para mim, vale. Que carro terei plena confiança em sua mecânica. com ar condicionado, muito econômico, que me divirta e que a cada dia que passa torna-se mais raro por R$ 8.000? Vale! Estou nocauteado, puto e pensativo por ter gasto isso, mas vale!
- Marolla, o carro vale somente R$5.500 na tabela?
- To cagando para a tabela FIPE!
quarta-feira, 3 de agosto de 2016
Primeiros ajustes
No trajeto de volta entre Campinas e São Paulo o pneu do Fiesta explodiu na estrada. Foi um misto de pneu velho (pneu tem data de validade) com calibragem errada (eu não havia verificado ainda). Passado o susto, já em São Paulo, providenciei 4 pneus novos.
O meu negócio é deixar o carro o mais fidedigno possível do original, massss.... o Fiesta não veio ao Brasil com rodas de liga leve, somente com o conjunto rodas de ferro e calotas. Eu não suporto calotas. Não vejo charme. E mais: é muito difícil (impossível) achar 4 calotas sem estarem riscadas para comprar. Fui procurar rodas de liga leve de carros Ford da época em que o Fiesta chegou por aqui. Gostei das rodas do Ford Versailles que, na verdade, eram inspiradas nas BBS. Achei um jogo parecido. Já deu outra cara. Aproveitei o dia para colocar uma buzina nova (original) já que a antiga estava muito baixa.
O meu negócio é deixar o carro o mais fidedigno possível do original, massss.... o Fiesta não veio ao Brasil com rodas de liga leve, somente com o conjunto rodas de ferro e calotas. Eu não suporto calotas. Não vejo charme. E mais: é muito difícil (impossível) achar 4 calotas sem estarem riscadas para comprar. Fui procurar rodas de liga leve de carros Ford da época em que o Fiesta chegou por aqui. Gostei das rodas do Ford Versailles que, na verdade, eram inspiradas nas BBS. Achei um jogo parecido. Já deu outra cara. Aproveitei o dia para colocar uma buzina nova (original) já que a antiga estava muito baixa.
Ford Versailles: a inspiração em suas rodas |
As rodas já deram outra personalidade |
terça-feira, 2 de agosto de 2016
Fiesta 1.3 1995 Espanhol
(Vai vir trabalho por aí!) Eu estava a procura de um carro de até R$6.000. Após pesquisar e procurar acabei adquirindo um carinho especial pelo primeiro Ford Fiesta que desembarcou em nossas terras.
Era 1995 quando o Chevrolet Corsa fazia um grande sucesso no Brasil. O Gol estreou sua geração "bola" e fez sucesso também. A Ford Brasil iria começar a produção de Fiesta nacional somente no ano seguinte, em 1996, mas para não perder o bonde importou direto da Espanha (não é Argentino!!) unidades da terceira geração europeia do Ford Fiesta. Essas unidades contavam com motorização de 1297cc que gerava 60cv de potência. Diferenciavam-se somente pelos opcionais: alguns com direção hidráulica, poucos com ar-condicionado e tantos outros sem nenhum dos dois.
Eu sou fã das linhas retilíneas da Ford dos anos 80. Eu tenho alguns sonhos de consumos mundanos e um deles é um Ford Sierra 1986. Ué Marolla, mas o carro é 1995, não é dos anos 80! Sim meu caro, mas esse modelo foi lançado na Europa em 1989. O projeto é antigão mesmo. Provavelmente por isso que não foi um sucesso em vendas. As novidades do momento Corsa e Gol se destacavam pelas linhas arredondadas. Apesar disso, quem tinha um sempre elogiava pela sua dirigibilidade, baixo consumo e robustez na construção.
Ford Fiesta MK3 1989-1997 |
Ford Sierra RS: amamos carros quadrados |
Eu tenho, também, simpatia por carros que possuem em sua família séries especiais de verdade. O Ford Fiesta dessa geração MK3 teve carros nervosos como o XR2i, com 104 cv, a RS1800, de 130 cv, e a RS Turbo, de 133 cv.
RS Turbo |
XR2 |
Escolhido o modelo, fui atrás de um com o opcional ar-condicionado. Foi difícil achar um Fiesta com ar-condicionado. Acabei encontrando um em Londrina-PR e outro em Campinas-SP. Os dois verde...que mais parecem cinza. Confesso que não era nem a minha terceira opção de cor, mas a gente acaba se adaptando e gostando. Fui a Campinas e chamei meu cunhado para me levar, já no intuito de voltar a São Paulo com ele. Lá conheci uma simpática senhora chamada Izabel e seu filho, Samuel. O carro aparentava ter sido deixado de lado há uns meses. Dona Izabel havia comprado um Fiat Palio, uns 15 anos mais novo. Papo vai, papo vem, comecei a olhar o carro. Apesar do estofamento ruim, o painel estava bonito, o teto idem. Por fora a lataria estava sólida, sem marcas de massa ou ferrugem. O farol esquerdo não era o original. Perguntei se havia ocorrido algo por ali e Samuel claramente disse que já havia ocorrido uma pequena colisão no local. Gosto de sinceridade, diria que é fundamental na compra e venda. Ao andar me decepcionei: amortecedores ineficientes e direção com grande folga e estalando. Para piorar, o grande trunfo desse Fiesta, o ar-condicionado, não estava funcionando! Tudo levava a crer que eu não fecharia negócio em Campinas e teria sido apenas um dia de passeio com meu cunhado, Carlos. Ao final da minha inspeção, disse para Samuel, filho da dona Izabel, proprietária do carro, que não faria uma proposta já que poderia representar um desrespeito a eles. Eu perco o negócio, mas não perco os amigos. O preço anunciado era R$ 6.000. Fui para pagar R$ 5.000. Samuel, mesmo com minha negativa, insistiu para eu fazer uma proposta. Eu expliquei o intuito da compra, ou seja, deixar o carro restaurado para colecionar. Assim, naquele estado, valeria R$3500, no máximo, mas eu pagaria R$4000 para levá-lo. Samuel entrou na casa para falar com a mãe e voltou sorridente: negócio fechado! Fomos ao banco e ao cartório. A temperatura naquela tarde estava por volta de 32ºC. Eu e meu cunhado estávamos derretendo. Ao retornamos à sua casa para pegar o Fiesta, Dona Izabel nos convidou para adentrar a sua casa e preparou um suco de manga da árvore que tinha em seu quintal. Foi o melhor suco de manga que tomei na vida.
Farol esquerdo não é o original |
Primeira tarefa: pensar em uma roda original e da época do carro |
O não muito comum limpador traseiro e lanternas com apenas uma luz de ré |
182 mil ou 82mil? |
Painel de material bom made in Europa |
Tapeçaria à vista |
Mais um dia daqueles com muitas experiências |
quarta-feira, 27 de julho de 2016
Vale a pena Kia Clarus?
Irei passar as primeiras impressões do Kia Clarus indo direto ao ponto:
Vale a pena? Respondo com outra pergunta: Qual é o seu propósito com o
carro?
Ao comprar você tem que ter isso em mente. Esse será o norteador de
quais modelos você poderá comprar e de quanto você irá gastar em manutenções. Posto isso, saberemos se vale a pena ou não a compra.
Eu digo que para mim, vale a pena. Com o Kia Clarus os meus propósitos são: ter mais um modelo na minha garagem, ter um carro com uma personalidade diferente dos outros modelos habituais das ruas e um carro completo e divertido de se andar.
Quanto aos gastos até agora.
Quando eu compro um carro usado eu tenho uma lista de itens que troco
independentemente do estado que estão: vela, cabo de vela, correia dentada,
tensor da correia dentada, filtro de óleo, filtro de ar e filtro de
combustível. Queimo meu dinheiro mesmo, mas é para o meu controle e segurança.
Encontrei esses itens na Power Parts, loja especializada em Kia e Hyundai. Tem muita coisa de mecânica, nada de funilaria e acabamento.
Meu Clarus rodou a média de 2530 quilômetros por ano. Tudo era original. Eu temia que se colocasse ele para andar diariamente algumas peças abririam o bico. E fi-lo porque quilo. Na segunda semana rodando diariamente o carro espanou: Duas vezes parado na Marginal Pinheiros, em São Paulo, bobina de ignição e rompimento da mangueira do radiador. No caso da mangueira do radiador dei sorte de estar dirigindo com um olho na pista e outro no painel. Quando a temperatura subiu parei imediatamente o que me livrou de consequências terríveis. Na semana seguinte, vazamento de óleo: retentor do comando e junta da tampa de válvulas ressecados. Encontrei todas as peças novamente na Power Parts. Os preços não me assutaram. Eu diria que estão na média de Astra, Golf e Focus, mas meu carro é importado e escasso de peças de reposição. Liguei uma vez na concessionária Kia ###### para saber se havia peças para o Kia Clarus e a resposta foi surpreendente: "não tenho peças nem para os carros que estão em linha meu filho"!!!
Os pneus do Clarus ainda eram os raros Kumho 195/70 aro 14. Os pneus davam para rodar ainda, mas a borracha tem prazo de validade. Não encontrei essa medida e coloquei os 185/65. No estepe mantive um Kumho.
Passado os percalços iniciais, o carro ficou ótimo.
O Kia produz um ronco interessante, o escape é duplo e remete a um carro de potência maior. Alias, o carro foi projetado para receber um motor de 6 cilindros, o que nunca ocorreu. Nas curvas os bancos acomodam bem e o carro parece grudado ao chão tendo pouca torção da carroceria e suspensão rígida. A frente do inspira cuidados, é muito baixa. Na porta do carro tem comando para abertura de tanque de combustível e porta-malas. No meio um descansa braço com generoso espaço para guardar uma boa quantidade de CD's. O consumo de combustível esta normal para um motor 2.0 dos anos 90: 7 a 8 km/l na cidade.
O Kia Clarus me oferece o que poucos carros no mundo me dariam pelo valor que ele vale, com personalidade. Definitivamente.
Por enquanto é isso.
Marginal Pinheiros: paradas não programadas |
Meu Clarus rodou a média de 2530 quilômetros por ano. Tudo era original. Eu temia que se colocasse ele para andar diariamente algumas peças abririam o bico. E fi-lo porque quilo. Na segunda semana rodando diariamente o carro espanou: Duas vezes parado na Marginal Pinheiros, em São Paulo, bobina de ignição e rompimento da mangueira do radiador. No caso da mangueira do radiador dei sorte de estar dirigindo com um olho na pista e outro no painel. Quando a temperatura subiu parei imediatamente o que me livrou de consequências terríveis. Na semana seguinte, vazamento de óleo: retentor do comando e junta da tampa de válvulas ressecados. Encontrei todas as peças novamente na Power Parts. Os preços não me assutaram. Eu diria que estão na média de Astra, Golf e Focus, mas meu carro é importado e escasso de peças de reposição. Liguei uma vez na concessionária Kia ###### para saber se havia peças para o Kia Clarus e a resposta foi surpreendente: "não tenho peças nem para os carros que estão em linha meu filho"!!!
Os pneus do Clarus ainda eram os raros Kumho 195/70 aro 14. Os pneus davam para rodar ainda, mas a borracha tem prazo de validade. Não encontrei essa medida e coloquei os 185/65. No estepe mantive um Kumho.
Passado os percalços iniciais, o carro ficou ótimo.
O Kia produz um ronco interessante, o escape é duplo e remete a um carro de potência maior. Alias, o carro foi projetado para receber um motor de 6 cilindros, o que nunca ocorreu. Nas curvas os bancos acomodam bem e o carro parece grudado ao chão tendo pouca torção da carroceria e suspensão rígida. A frente do inspira cuidados, é muito baixa. Na porta do carro tem comando para abertura de tanque de combustível e porta-malas. No meio um descansa braço com generoso espaço para guardar uma boa quantidade de CD's. O consumo de combustível esta normal para um motor 2.0 dos anos 90: 7 a 8 km/l na cidade.
O Kia Clarus me oferece o que poucos carros no mundo me dariam pelo valor que ele vale, com personalidade. Definitivamente.
Por enquanto é isso.
domingo, 24 de julho de 2016
Quase batendo o martelo
Meu campo de visão ampliou muito nos últimos dias. Estou enxergando coisas que a maioria das pessoas não conseguem ver. A sala de operações do Google deve estar se perguntado: "que raio de buscas são essas!?!" Pois bem, estou quase a bater o martelo...