Que tal alugar um carro conversível nos EUA?

Em minha última viagem aos Estados Unidos eu aluguei por um dia um Ford Mustang V6 de 305 cavalos de potência para me divertir um pouco. Aluguei o carro em Orlando pela locadora Sixt. Foi o lugar mais barato que encontrei o Ford (US$140). Recomendo esta locadora pelo atendimento e pela variedade de carros disponíveis. Vale cada cents essa experiência. Lembre-se que em seu porta malas cabem apenas algumas sacolas, por isto procure locar nos primeiros dias de viagem. 

Ford Mustang V6 3.7L 305hp

O computador de bordo no painel traz os divertidos aplicativos de aceleração e frenagem

Ford Corcel e os primeiros ajustes mecânicos

São Paulo (frio!!) Atualizando o andamento do Corcel na revisão mecânica: troca da caixa de direção, disco, pastilha e fluido de freios, óleo do motor, filtro de ar do carburador e filtro de combustível.
O carro esta com a mecânica toda original e esta é a explicação do porquê do sistema de freio traseiro estar inoperante..os 35 anos de serviços dos freios não resistiram e travaram.
Algumas coisinhas de acabamento já foram compradas: frisos, aro de moldura dos faróis, o emblema da letra "L" e neste final de semana irei ao litoral paulista buscar um parachoque dianteiro.

Agora tudo ficará bem!

Corcel na baia

Detalhes de um Ford Corcel

Ao chegar em casa com o Corcel (e colocar uma bateria nova), hora de esmiuçar os detalhes do carro. O cuidado quando da concepção deste projeto abrange até mesmo um interruptor de luz para iluminar o cofre do motor.

Luz de cortesia no cofre do motor

Fiat 147 calçando os sapatos corretos

A primeira regra de etiqueta que o Fiat 147 aprendeu na minha garagem foi a combinar sua roupa com seus sapatos.

Imagine alguém de terno e havaianas 

O aparecimento de peças no mercado de antigos costuma ser sazonal. Você as vezes fica dois meses procurando por um item sem encontrá-lo.De repente aparecem uns três vendedores de uma vez ofertando o produto. 

Aconteceu isto com as rodas. Pouca oferta, o preço subiu. Mas eis que encontro uma pessoa no Rio de Janeiro vendendo um Fiat 147. Propus a compra somente das rodas e ela topou. Depositei o dinheiro em sua conta corrente e fiquei esperando (rezando) chegarem as rodas, via transportadora (Jadlog). Bom, tudo deu certo (ufa!), recomendo esta transportadora e não tentem isto em casa! É perigoso.

Com as rodas originais do Fiat 147 Rallye 

Ford Corcel II L 1979

Não, seu nome não honra a definição constante no dicionário Aurélio, título desta postagem. Seria sim, se equino fosse, um Mangalarga, raça notável pelo sublime cavalgar macio. Esta foi a primeira qualidade que notei ao retirar da garagem o empoeirado Ford Corcel II L 1979.
Por ter escolhido a bela cor vermelho Cordovan, notei, também, que o senhor Mário, até então o único dono, deveria ter muito bom gosto.

O primeiro encontro

Passados 35 anos desde que saiu da Ford, em São Bernardo do Campo, achei impressionante o nível de conservação do interior do Corcel. Lembre-se que estamos falando de um carro bruto, sem restaurações. Como eu havia analisado a lataria e não constatado a presença de ferrugem, este interior impecável praticamente bateu o martelo da compra. Como já disse em outro post, a reparação mecânica não é difícil de conseguir, mas itens de acabamento e ferrugem na lataria/assoalho são chatos, onerosos e demorados de se resolverem.  

Diferentemente do Fiat 147 que é indigente, o Corcel tem história. Seu Mario quando comprou em 1979 tinha 61 anos. Ele utilizava o automóvel para levar diariamente seu filho à faculdade de Engenharia. Em 1983 foi a bordo dele que levou seu filho até a igreja para se casar e, mais tarde, buscar seus 3 netos que viriam a nascer. Definitivamente vou priorizar em minhas buscas carros com história.

Lançado em 1978, o Ford Corcel II veio à 1979 com o opcional de motor 1.6 de 90cv ante os 72cv da versão 1.4

O próximo passo agora é levá-lo à oficina para fazer uma revisão geral. Foram anos parado na garagem sem manutenção. Depois, encontrar os frisos cromados da lateral e conseguir um parachoque frontal, que estão um pouco desgastados e avariados. No caso do parachoque, o Corcel II 1978 e 1979 são diferentes dos outros, pois não tem aquelas polainas pretas nas laterais, são formados por uma peça só cromada...resumindo, são difíceis de encontrar.

Parachoque com polainas dos modelos posteriores a 1979

Logo mais postarei alguns detalhes interessantes deste automóvel.

Vem aí.....

O requintado padrão Ford de 1979

Carros que gosto

(Ford Ranchero V8) Pena que não desembarcou no país  

Procurando um FIAT 147

Se tem um carro que eu sempre gostei é do Fiat 147. Desde sempre eu falei que iria ter um. Claro que não fui seduzido por sua potência. Talvez fostes pelo Fiat 147 de Autorama que a Estrela lançou no início dos anos 80, ele era lento, perdia para qualquer outro carro, mas ele tinha algo faziam meus olhos brilharem: seus faróis acendiam!!!

Por este motivo, talvez, eu goste tanto do Fiat 147, o da frente quadrada. Estes foram produzidos de 1976 até 1979. Em 1980 foi lançado o modelo com a chamada frente Europa. Eu até teria um, mas não é a minha preferência. 

Fiquei uns 2 meses procurando o 147 na internet, com preferência para o 1979, pois este tem um aplique de madeira no painel. Foi difícil achar! Eu não queria um Fiat já restaurado para não pagar os R$8.000 a R$15.000 que o mercado propõe. Infelizmente a grande maioria dos Fiat não restaurados estão com muita ferrugem ou estão descaracterizados. Os anos 90 foram cruéis para os carros dos anos 80 e 70. Movidos pelo impulso da inovação e modernidade muitos proprietários fizeram adaptações toscas nos carros: furos na lataria para colocarem break light ou antenas "tipo do Gol GTI", retirada dos bancos, volante e rodas originais são alguns exemplos. 

Pontos críticos a serem observados no FIAT 147:

- ferrugem no assoalho (observar o assoalho embaixo do porta-malas e principalmente atrás das rodas da frente. Procure saber onde fica o chifrão embaixo do carro e observe se há ferrugem);

- alinhamento das portas (isso é muito chato de consertar e é serviço de funileiro);

- detalhes do painel (a parte completa do painel de um carro é chamada de tabelier e são difíceis de serem achados).

Além destas características peculiares do Fiat 147, observar o básico: 

- se o carro sofreu um banho de tinta para esconder ferrugem ou massa plástica;

- se o motor é original;

- ande com o carro e se você observar algo ruim na mecânica, peça desconto. Não é porque o carro tem 30-35 anos que ele tem que estar ruim.

Eu costumo priorizar na escolha do carro uma lataria boa, mesmo que tenha que fazer algo de mecânica. Mecânica você poderá fazer em quase qualquer oficina e as peças são as mais baratas que o mercado tem, já a lataria não são muitos funileiros que se arriscam a retirar ferrugem do assoalho, caixas de ar e das portas, além de ser caro este serviço. 

Depois de muitas decepções, saí de São Paulo, capital, e andei 65 km até a cidade de São Roque onde finalmente comprei um.

O 147 ainda em São Roque

ABRINDO A GARAGEM

(Olá!) Quando surge um modelo novo nas ruas você torce o pescoço para analisar cada detalhe. Já gostou muito de F1, hoje nem tanto. Pois bem, primeiramente Parabéns!!! Você tem bolas! É um macho dominante, um macho alpha! Assim como um cavaleiro templário você adora estar no comando de seu cavalo, seu ego se eleva ao perceber as pessoas observarem e aprovarem o seu belo exemplar. Você gosta carros!

Pois bem, vamos supor que você não tem tanta grana para ter o superesportivo dos seus sonhos ou, se tem $, é um saudosista daqueles tempos em que o mundo era mais divertido...o final dos anos 70 e década de 80. Ou, ainda, você sempre gostou de colecionar miniaturas de ferro: já pensou em ter um carro antigo? Ter uma relíquia ou um raro exemplar nos dias de hoje em sua garagem? 

Foi mais ou menos assim que comecei a pensar em ter automóveis antigos. O fato de ser algo acessível é atentador também. Só adicionaria o fator EMOCIONAL. Esse sim vibra dentro de nossos corações. Não tem como você gostar disso sem se lembrar de alguma passagem bacana de sua vida ou de alguém muito especial. 

Meu intuito realmente não é ser um pós graduado no ramo de carros antigos ou um super colecionador. Não. É simplesmente ter carros que gosto. Ter um hobby, algo legal para pensar e planejar quando chego em casa. Pela internet vasculho lojas, ferro-velhos e pessoas que possuem as peças que preciso. Muitos compram motos, colocam escapes barulhentos e saem de sábado e domingo de manhã para passear. Eu, saio para procurar peças no sábado pela manhã, ou entre uma passada ou outra de WD40, dou uma volta por São Paulo pensando na vida e sentido cada característica do automóvel.

 Autorama dos anos 80 do meu irmão mais velho

Meu primeiro antigo

Para se ter um automóvel clássico é preciso ter disposição (para encontrar um bom exemplar e cuidar dele), personalidade (sim, não é qualquer um que tem coragem, auto estima e confiança para possuí-lo e dirigi-lo), persistência (não é um carro de concessionária 0km, você terá que pesquisar peças, fóruns de entusiastas e colecionadores, oficinas e etc) e ser bom de papo (cada abastecimento no posto, cada farol vermelho e cada vez que estacionar o carro a chance de alguém abordá-lo para um breve papo é extremamente alta).

A fim de propagar minhas experiências e, talvez, motivar algum maluco a ir atrás de carros antigos, irei compartilhar cada aquisição de um novo exemplar,  os cuidados para não cair em uma armadilha, documentação, a busca por peças (originais ou paralelas?!?), enfim, tudo que eu faço para desfrutar desse hobby. De vez em quando pingarei no blog algumas opiniões, fotos de carros que eu clicar por aí e curiosidades do assunto.  

Meu primeiro antigo