Após sair da oficina, a Kombi ficou redonda no quesito mecânica. Os desafios do carburador (giclê) entupido que me deixou por duas vezes parado na rua foram superados. Nada de surpresa, afinal foram 12 anos parada e apesar de todos os esforços na revisão poderia acontecer alguma falha repentina. Enfim, falemos agora de funilaria.
Uma vez um dono de funilaria me disse que a mão-de-obra deste ramo é muito difícil por alguns motivos como não comprometimento do funcionário, que resulta em atrasos e faltas, o não zelo por um serviço de qualidade, a falta de motivação e vícios diversos como bebida alcoólica, por exemplo. Essa falta de mão-de-obra de qualidade faz com que as oficinas tenham um quadro de funcionários enxuto, em muitas, até, o quadro consiste de familiares como filho, irmão e sobrinhos afins. Para nós, consumidores destes serviços, esse cenário implica principalmente em: alto tempo de prazo de entrega do produto final, atrasos dessa entrega e, no caso de quem quer fazer uma restauração, simplesmente se negarem a fazer o serviço ou proporem um orçamento alto justamente para você desistir. O tempo de trabalho perdido com uma restauração poderia ser diluído em inúmeros outros trabalhos que no final poderiam render um valor aproximado de lucro. Senti isso na pele quando procurei este serviço com o Fiat 147, onde me fizeram quase desistir da restauração e até mesmo do carro. Com a Kombi tive uma estratégia diferente na hora de levá-la à funilaria. Fui conversando com o proprietário antes de levar o veículo e construí laços de afinidades nesse período. Mesmo assim, por três vezes foi adiado o dia de começar os trabalhos. Então, foi aí que perguntei a ele: tem lugar para eu deixá-la em sua oficina? Tem, respondeu Odair, o funileiro. Disparei: Odair, deixarei a Kombi com você e no sábado, na minha folga do trabalho, irei aí para começar os procedimentos nela. É só você me dizer o que eu devo fazer que farei. Topa? E foi assim que começamos os trabalhos de funilaria nela. Abaixo, o resumo do primeiro dia.
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Parei ao lado dessa Kombi Carat para fazer uma graça. Essa Kombi diferentemente das anteriores possuí motor 1.4 refrigerado a água, portas corrediças, teto alto e janelas maiores. Sem dúvida as Kombi produzidas até 1996 são mais bonitas. |
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Primeira fase, retida de para-choques, todos as fechaduras, maçanetas, faróis e lanternas. |
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A simplicidade dessa construção é louvável. |
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Desmonte do interior para limpeza e colocação de material termo-acústico. Acredito que colocarei manta asfáltica. |
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Eu e meus professores |