segunda-feira, 14 de julho de 2014

Procurando um FIAT 147

Se tem um carro que eu sempre gostei é do Fiat 147. Desde sempre eu falei que iria ter um. Claro que não fui seduzido por sua potência. Talvez fostes pelo Fiat 147 de Autorama que a Estrela lançou no início dos anos 80, ele era lento, perdia para qualquer outro carro, mas ele tinha algo faziam meus olhos brilharem: seus faróis acendiam!!!

Por este motivo, talvez, eu goste tanto do Fiat 147, o da frente quadrada. Estes foram produzidos de 1976 até 1979. Em 1980 foi lançado o modelo com a chamada frente Europa. Eu até teria um, mas não é a minha preferência. 

Fiquei uns 2 meses procurando o 147 na internet, com preferência para o 1979, pois este tem um aplique de madeira no painel. Foi difícil achar! Eu não queria um Fiat já restaurado para não pagar os R$8.000 a R$15.000 que o mercado propõe. Infelizmente a grande maioria dos Fiat não restaurados estão com muita ferrugem ou estão descaracterizados. Os anos 90 foram cruéis para os carros dos anos 80 e 70. Movidos pelo impulso da inovação e modernidade muitos proprietários fizeram adaptações toscas nos carros: furos na lataria para colocarem break light ou antenas "tipo do Gol GTI", retirada dos bancos, volante e rodas originais são alguns exemplos. 

Pontos críticos a serem observados no FIAT 147:
- ferrugem no assoalho (observar o assoalho embaixo do porta-malas e principalmente atrás das rodas da frente. Procure saber onde fica o chifrão embaixo do carro e observe se há ferrugem);
- alinhamento das portas (isso é muito chato de consertar e é serviço de funileiro);
- detalhes do painel (a parte completa do painel de um carro é chamada de tabelier e são difíceis de serem achados).
Além destas características peculiares do Fiat 147, observar o básico: 
- se o carro sofreu um banho de tinta para esconder ferrugem ou massa plástica;
- se o motor é original;
- ande com o carro e se você observar algo ruim na mecânica, peça desconto. Não é porque o carro tem 30-35 anos que ele tem que estar ruim.

Eu costumo priorizar na escolha do carro uma lataria boa, mesmo que tenha que fazer algo de mecânica. Mecânica você poderá fazer em quase qualquer oficina e as peças são as mais baratas que o mercado tem, já a lataria não são muitos funileiros que se arriscam a retirar ferrugem do assoalho, caixas de ar e das portas, além de ser caro este serviço. 

Depois de muitas decepções, saí de São Paulo, capital, e andei 65 km até a cidade de São Roque onde finalmente comprei um.
O 147 ainda em São Roque


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